19/08/2009

TESTEMUNHO DA COXINHA

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TESTEMUNHO DA COXINHA

(Como foi e é conhecido na Comunidade Evangélica aqui em Curitiba

omito nomes com excessão da protagonista pq ela é minha amiga e sempre permite e faz questão que conte a histórinha dela, os demais, infelizmente não tenho amizade.)

Essa é a história da Suzete (nome verdadeiro, história real).

Suzete teve uma vida cheia de conturbações espirituais, pai adúltero e alcoolatra, duas famílias, mãe com câncer, privações financeiras depois de tudo isso ver o pai ser assassinado num assalto, acompanhou a falência financeira da família a mãe definhando com a doença, os recursos se esvaindo, salário que nunca dava, frustração por não ter ido a faculdade.

No trabalho que conseguiu, Suzete apaixonou-se platonicamente por um colega de setor. Os dois na época com a mesma idade, algo em torno de uns 30 anos +/-.

Viraram ótimos, melhores, maiores, perfeitos e excelente amigos. Quem os conheceu disse que dava até raiva tamanha intimidade e amizade. Juntos cresceram na empresa e juntos conhecerem Jesus através de uma amigo nosso da igreja ... engatinharam na fé juntos ... cresceram em sabedoria juntos... Batizaram-se juntos ... Fizeram as escolas dominicais juntos ... encontros juntos ... Escola de líderes juntos ... Tinham célula mista: juntos.

Participaram de encontros, retiros, obras na igreja, organizaram eventos com jovens, redes de homens, mulheres, enfim eram os obreiros perfeitos. Todos comentavam que dariam um casal exemplar na igreja, na obra e que poderiam formar-se pastores e abrir uma obra abençoada.

E Suzete ainda muito apaixonada por ele, fazendo de tudo, presentes e estando sempre presente na vida dele. Quando ele perdeu seus pais, dificuldades financeiras ao ter seu carro roubado, um monte de outras coisas mais.

Ela apaixonada, mas, sem nunca ter-se declarado apesar de sempre ter dados claros sinais desta paixão. A gente sempre dizia: só o tonto mesmo não percebe.

Um dia foram separados no trabalho, o rapaz recebeu uma proposta de emprego em outra grande empresa. Bom salário, boa posição de chefia, resposta de oração uma vez que ele sempre dizia que somente constituiria família quando tivesse condições para dar segurança e conforto as pessoas que viveriam com ele pro resto da vida.

E o coração de Suzete, exultou de alegria, tava chegando a hora, quatro longos anos de espera, de oração, amizade, fervor, paixão ... Como Deus é bom, e estava honrando sua espera.

Um dia, o rapaz telefona pra ela que se encontrariam no culto que lá lhe faria uma surpresa e que ela ficaria muito feliz, que fosse arrumadinha que depois iriam comer uma pizza numa pizzaria já conhecida do pessoal lá da igreja.

Podem imaginar o que rolou naquele coração, naquela cabeça ... Deixo por conta da imaginação e da experiência de cada uma.

Então, ele chegou atrasadinho pra não chamar a atenção do povo, igreja cheia, culto de Santa Ceia... e...e... e... de.... mãos dadas com uma moça lindíssima.

Disse que vinha orando em segredo por ela há muito tempo, ela era de outra igreja e se conheceram num curso que fez na empresa nova: Um ano de empresa nova e já com a mulher dos seus sonhos. E ela orando por ele por quatro, quase cinco anos. Dedicando-se integralmente aquele homem que somente a via como amiga. E ele sempre dizendo que não se importava com aparência física e escolheu pelos padrões da Suzete a mulher mais linda do universo.

E chamou Suzete pra ir comer pizza com eles, apresentar a melhor amiga que ele tinha na vida e compartilhar que logo iriam se casar.

Suzete não foi a pizzaria, na porta da igreja mesmo deu o chilique ... Desabou, chorou, praguejou, amaldiçou, gritou, deu trabalho aos pastores.

Óbvio que ele não apareceu mais em nossa igreja e simplesmente desapareceu da vida dela e de todos que conviveram com eles dentro daquela comunidade.

Suzete tornou-se amarga, triste, deu trabalho pra mantê-la nos caminhos do Senhor, ela voltou pra igreja retomou suas atividades mas virou outra pessoa. Por sorte, Suzete, tinha e ainda tem amigos fieis.

Envelheceu acho que uns 20 anos, perdeu toda a alegria que tinha no coração. Dividimos quarto nos encontros que fizemos e ela sempre deixava claro que o assunto amor-namoro-casamento era um assunto proscrito pra ela, ela não orava por ninguém que tivesse problemas nestas áreas. Qualquer área menos sentimental. Já não bastasse as tristezas do casamento dos pais.

Um dia fizemos um Encontro com Deus e na esquina da igreja tinha um rapaz, sabe amigo do parente de alguém que vinha vender seus salgados nas saídas dos eventos da igreja.

E Suzete foi lá comprar sua coxinha ... Ficou um tempo ali conversando com o moço, simples, bonito, moreno, moço do mundo, fumava, tocava violão em barzinhos. Fã de rock ...

E ela o convidou pra vir no culto na volta do Encontro que seria uma festa bonita, alegre.

Ele veio, lindinho arrumado ... lembro dele neste dia. Sem cheiro de gordura.

E veio conversar com ela, trouxe um sonho de valsa ... rsrsrs ... Ela durona: capaz, rapaz do mundo e minha fidelidade e meu propósitos.

Orei por um da igreja e deu no que deu imagine por um do mundo (eu Rosinei entendo pq passei por isso, orei por um da igreja e me decepcionei, marcou casamento comigo e simplesmente sumiu do mundo). Obreiro de igreja. Nada contra mas é uma observação.

Vou resumir: tem uma porção de detalhes quem quiser um dia conto.

Hoje estão casados e morando na Espanha com uma filha de 1 ano e meio.

Fazem o que lá? Montaram uma lanchonete onde o prato principal é coxinha.

Se gostaram da minha história e pastora autorizar, por favor postem no grupo, se desejarem conto depois a história do casamento da filha mais velha do pastor desta mesma igreja, que foi a igreja onde eu me converti e trilhei a maior parte da minha vida cristã.

O rapaz? Casou-se com a bonitona, tiveram filhos e hoje estão separados.

As vezes, o nosso amor, o nosso futuro esta mais perto do que imaginamos, mas colocamos tantas barreiras, focamos tanto uma coisa só, um desejo único em nosso coração que não vemos que o melhor de Deus está ao nosso lado.

Que tal dar uma chance ao seu coração. Deixar de querer que o coração faça e sinta o que a gente quer/

Beijos no coração de todas e todos.


Essa história foi contada pela minha amiga Rosinei...

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